It’s a black heart they’ll get

Eu realmente espero que tudo de ruim esteja acontecendo agora nesse semestre para no próximo eu só relaxar e aproveitar. Avalanche de coisas ruins, que eu deixo ir se acumulando e vou ignorando para manter a minha sanidade até o primeiro semestre da faculdade terminar. Ou os problemas se tornarem práticos.

Sabem, odeio quando alguém está com um problema pessoal e tem sempre um posando de alma superior que manda “Ah, mas isso não é nada perto dos problemas de uma criança aidética africana”. Sim, meus problemas não chegam perto das mazelas mundiais em termos de impacto no mundo global. Mas elas param o MEU mundo sim. E não é egoísmo não, mas eu não consigo mesmo me colocar nos sapatos dessas pessoas quando quem deixa de comer direito, dormir bem ou falta a faculdade sou eu. Assim como elas não devem saber o quê é isso.
Problemas diferentes, realidades diferentes, e principalmente, pessoas diferentes.

Mas isso não foi direcionado à ninguém.
Ninguém que leia isso aqui, pelo menos.

A mão de uma criança

Parei de mistificar a vida.
Seguindo o conselho do poeta e do amigo: Tempo de absoluta DEPURAÇÃO.

All wrapped up in wrong

É vergonhoso como uma estudante de Letras consegue ser tão ruim em semântica.
Eu culpo a minha infância por isso. Desde pequena vivia em minha versão particular de Marcelo, Martelo, Marmelo; rebatizando tudo o quê me cercava. O ruim é que até hoje tropeço e estranho quando descubro os nomes reais, aqueles que todos usam, a forma padrão.
Para vocês verem, até há alguns dias atrás confundia esperança com ingenuidade, como vocês podem observar no post abaixo. Ou estupidez. Ainda não aprendi exatamente a diferença entre essas duas, mas pelo visto nem 90% da população.

Só sei que ando amarga ultimamente.
Ou realista.
Estão vendo? Outras duas palavras que não consigo distinguir.

Like a cat in a bag

Eu não paro de sorrir. E ninguém ou nada vai me tirar isso.
Nem os seis reais que eu tenho na bolsa (e só isso).
Nem todas as guilty trips que eu estou tendo.
Nem o fato de que são só possibilidades e possibilidades apenas.

Eu nasci com o carimbo de sonhadora na nuca. Nasci com tanta esperança que nem mesmo tendo perdido muita no caminho, eu fiquei sem. Eu arrumo tempo para ser positiva quando todos os erros anteriores piscam e alertam que a queda pode ser ainda pior dessa vez.
Eu não quero escutar nada disso. Chegou a hora de viver o presente e ser feliz AGORA. Foda-se o pacote de consequências. Com o futuro eu lido depois, quando ele chegar. Aí sim eu me permito todas as crises de desespero que tenho direito. No momento só quero cultivar esse souvenir que você deixou marcado na minha pele: essa mancha roxa, que causa um certo estranhamento e repulsa para os outros e me é tão querida e orgulhosamente ostentada.

No lies, just love

Um desconhecido ao conversar comigo por uma hora chega a duas conclusões óbvias:

- Eu falo pra caramba
- Eu tenho um irmão chamado Diogo que é a coisa mais importante e preciosa da minha vida

O meu irmão é incrível. Não conheço uma pessoa que realmente o conheça e discorde dessa afirmação. Ele é inteligentíssimo, engraçado, simples e muito íntegro. Um exemplo de pessoa e não falo isso só porque sou presidente do fã-clube com direito à faixa, carteirinha e jornalzinho mensal. Nunca vi o meu irmão falando mal ou julgando ninguém. Além de ser aquele tipo de pessoa que parece ter uma aptidão nata à felicidade. Raríssimas vezes o vi realmente triste, decepcionado ou frustrado, e se sim, todas com motivos reais por trás. O segredo ele me revelou em um dia que eu chorava que nem uma louca por um motivo qualquer (visto que nem lembro mais a causa) e perguntei: e você? não diz nada?
Ele só respondeu calmamente: Luiza, não falo porque não concordo. Adianta você ficar chorando assim? Mudou alguma coisa? Então, FAÇA algo para mudar.

É meu irmão, você sempre me ensinando essas lições básicas da vida que eu desconheço.
Obrigada por me fazer ter vontade de ser uma pessoa melhor.

No seu aniversário só desejo o mundo aos seus pés.
Te amo.