Doctor, what is happening to me?

Ultimamente tenho sentido muita falta de ter uma câmera digital.
Vontade de sair armazenando, também fotograficamente, tantas cores e momentos bonitos que tenho vivido. Os lugares são os mesmos que eu ía sempre, mas ângulos novos fazem toda uma diferença na composição final, não concordam?

O meu Rio de Janeiro anda cheio de novas tonalidades que eu nem sabia que existiam.

Shoes

Há poucos dias estava preenchendo um questionário enviado por um amigo, até chegar na pergunta inevitável - o quê você queria ser quando criança? Não sei se por falta de maiores ambições ou por influência do meu filme preferido na época, eu só queria ser uma coisa: grande.

Até hoje me lembro quando ganhei meu primeiro par de sapatos de salto. Ou como eu gostava e acreditava na época, meus sapatos de pessoa grande. Me lembro que mal conseguia me equilibrar em cima deles e que me rendeu duas terríveis bolhas nos pés. Sem contar que o meu vestido os encobria. Isso não importava, EU sabia.

Quando somos mais novos, só queremos ser mais velhos. Não importa o quanto, desde que não sejamos nós mesmos. Quando finalmente atingimos a tal idade desejada (no meu caso, vinte e um), sabemos que o tempo está passando rápido demais e tentamos absorver cada momento de forma intensa. E então, quando envelhecemos, a gente daria tudo para ser aquele menina que mal se equilibra em seus sapatos.